- A T3 Financial Crime Unit congelou mais de US$ 250 milhões em criptomoedas ilícitas menos de um ano após o lançamento.
- O novo programa “T3+” traz a Binance a bordo para permitir o compartilhamento de inteligência em tempo real.
- Mais de US$ 3 bilhões em criptomoedas roubados no 1º semestre de 2025, com lavagem em alguns hacks concluída em menos de 3 minutos.
Uma iniciativa conjunta entre a Tron, a Tether e a empresa de análise de blockchain TRM Labs congelou mais de US$ 250 milhões em criptomoedas ilícitas menos de um ano após o lançamento, anunciou o grupo na terça-feira.
A Unidade de Crimes Financeiros T3 (T3 FCU), formada em setembro de 2024, trabalhou com agências de aplicação da lei em cinco continentes para interromper fundos ligados a lavagem de dinheiro, hacks, financiamento do terrorismo, golpes e outros crimes graves.
Binance se junta como primeiro membro da nova aliança “T3+”
O marco vem com o lançamento do “T3+”, um programa expandido de colaboração público-privada que inclui exchanges, instituições financeiras e outras partes interessadas do setor para compartilhar inteligência e responder a ameaças em tempo real.
A Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo, se juntou como o primeiro membro do programa, já ajudando a congelar quase US$ 6 milhões vinculados a um golpe de “abate de porcos” em sua primeira operação coordenada.
O fundador da TRON, Justin Sun, disse que a nova estrutura expandirá “o escopo da colaboração em toda a indústria de blockchain para lidar melhor com atividades ilícitas em tempo real”.
O problema: os hacks estão ficando mais rápidos
A expansão do T3 FCU ocorre em meio a um aumento no crime cibernético relacionado a criptomoedas. De acordo com a empresa suíça de análise de blockchain Global Ledger, mais de US$ 3 bilhões em criptomoedas foram roubados no primeiro semestre de 2025.
Os hackers estão cada vez mais lavando fundos em velocidades recordes, às vezes concluindo o processo em menos de três minutos.
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Mais de 30% da lavagem acontece dentro de 24 horas após uma violação, deixando as equipes de conformidade em exchanges centralizadas apenas 10 a 15 minutos em média para intervir antes que os fundos desapareçam.
Apenas 4,2% das criptomoedas roubadas foram recuperadas no primeiro semestre deste ano, observou o relatório, com muitos ataques ligados a grupos patrocinados pelo Estado, sindicatos do crime organizado e redes de fraude transnacional.
A Mais Recente Ameaça: O Grupo de Ransomware “Embargo”
Somando-se ao cenário de ameaças, o TRM Labs rastreou um novo grupo de ransomware chamado Embargo, que movimentou mais de US$ 34 milhões em pagamentos de resgate desde abril de 2024.
Operando sob um modelo de ransomware como serviço, o Embargo tem como alvo a infraestrutura crítica dos EUA, incluindo hospitais e redes farmacêuticas, com demandas de até US$ 1,3 milhão.
As evidências sugerem que o Embargo pode ser uma versão renomeada do notório grupo BlackCat (ALPHV), que desapareceu no início deste ano em meio a uma suspeita de fraude de saída.
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