Relatório do FMI sobre stablecoin alerta sobre a soberania monetária

Bitcoin Perde a Guerra dos Pagamentos: Stablecoins Assumem a Liderança na Liquidação Global

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Relatório do FMI destaca o volume transfronteiriço de stablecoins superando o Bitcoin, sinalizando uma ameaça à soberania monetária nos mercados emergentes.
  • FMI afirma que stablecoins em dólar de rápido crescimento correm o risco de enfraquecer a soberania monetária nos mercados emergentes
  • Tom Lee declara que o relatório do FMI de stablecoin confirma o forte impulso global de tokenização
  • O mercado de stablecoins ultrapassa cerca de 312 bilhões de dólares, impulsionado pelo GENIUS Act dos EUA e tokens do tesouro on-chain

O Fundo Monetário Internacional (FMI) emitiu um alerta severo aos banqueiros centrais globais em 5 de dezembro, sinalizando explicitamente o mercado de stablecoins de US$ 312 bilhões como uma ameaça direta à soberania monetária das economias emergentes.

Em seu relatório, Understanding Stablecoins, o Fundo reconheceu que, embora os dólares digitais otimizem a liquidação, eles simultaneamente aceleram a “criptoização“, neutralizando a capacidade das nações mais fracas de gerenciar seus próprios fluxos de capital.

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FMI destaca oportunidades e desafios das stablecoins

As oportunidades: pagamentos sem atrito liderados por tokens lastreados em USD

O FMI informou que as stablecoins podem revolucionar os pagamentos transfronteiriços. A tokenização dos títulos do tesouro de alto nível na blockchain reduziu o atrito nos pagamentos, especialmente em países que sofrem com inflação alta e constante.

Além disso, a adoção de stablecoins mais que dobrou nos últimos dois anos, chegando a rondar US$ 312 bilhões no momento da publicação. O crescimento da stablecoin acelerou nos últimos meses, impulsionado pela implementação do GENIUS Act nos Estados Unidos.

Fonte: X

Assim, o FMI observou que stablecoins lastreadas pelo dólar americano têm liderado em pagamentos transfronteiriços mesmo em comparação com criptoativos nativos. O relatório observou que stablecoins lastreados em USD permitiram mais de US$ 170 bilhões em pagamentos transfronteiriços em 2025, em comparação com cerca de US$ 125 bilhões em Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).

Fonte: X

Risco global: Minando a soberania monetária

No entanto, o FMI destacou que o uso crescente de stablecoins está gradualmente minando as políticas monetárias nos mercados emergentes. Além disso, bancos centrais globais onde stablecoins lastreados em USD são usados têm menos influência sobre suas moedas locais.

“As stablecoins também apresentam riscos significativos relacionados à estabilidade macrofinanceira, eficiência operacional, integridade financeira e segurança jurídica. Stablecoins podem contribuir para a substituição de moeda e aumentar a volatilidade do fluxo de capital”, observou o relatório do FMI.

Por exemplo, o uso de stablecoins lastreadas em USD disparou em países com alta inflação, como Líbano, Nigéria, Turquia e Argentina. Assim, as respectivas moedas locais enfraqueceram ainda mais.

Como resultado, o FMI soou um alerta sobre as stablecoins que minam a soberania monetária. Em colaboração com o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB), o FMI emitiu uma recomendação política abrangente aos bancos centrais globais sobre como abordar as stablecoins.

Resposta do Mercado: A tokenização veio para ficar

O relatório do FMI provocou um acalorado debate social liderado por X e veículos de mídia. Segundo Tom Lee, presidente da BitMine, o relatório do FMI valida ainda mais a adoção generalizada de stablecoins, especialmente na rede Ethereum.

A adoção generalizada das stablecoins ajudou investidores institucionais a utilizarem ativos cripto de forma regulada, tokenizando ativos do mundo real. Além disso, as stablecoins são uma importante fonte de liquidez para os ativos cripto voláteis mais amplos, especialmente durante mercados de baixa.

Segundo Marcelo Sacomori, CEO do Braza Bank no Brasil, as stablecoins evoluirão de um produto de nicho em dois anos.

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