Brasil Analisa Impostos sobre Cripto Transfronteiriça para Fechar a Diferença de Câmbio

Brasil vai tributar pagamentos transfronteiriços em criptomoedas sob novas regras de câmbio

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Coin Edition report on Brazil taxing cross-border crypto transactions to close foreign exchange loopholes.
  • O Brasil planeja aplicar o imposto sobre transações financeiras IOF a transferências de criptomoedas transfronteiriças.
  • A medida visa fechar uma brecha onde stablecoins como o USDT contornam os impostos cambiais.
  • O volume de criptomoedas atingiu US$ 42 bilhões no primeiro semestre de 2025, com stablecoins impulsionando dois terços da atividade.

O Brasil está avançando para fechar uma brecha de vários bilhões de dólares em seu mercado cambial. O Ministério das Finanças está se preparando para aplicar o imposto IOF (Imposto sobre Transações Financeiras) às transferências transfronteiriças de criptomoedas. Isso mira em stablecoins como o USDT, que são cada vez mais usados para contornar os impostos cambiais tradicionais.

Embora fontes tenham dito à Reuters que a medida é principalmente regulatória, e não punitiva, ela pode aumentar significativamente a receita pública em um momento em que as metas fiscais estão sob enorme pressão.

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Por que as stablecoins são o alvo principal

O ecossistema cripto do país experimentou um crescimento explosivo, com stablecoins como o USDT dominando as transações. De acordo com dados da autoridade tributária federal, o volume de transações em criptomoedas atingiu 227 bilhões de reais (US$ 42 bilhões) no primeiro semestre de 2025, um salto de 20% em relação ao ano anterior.

Fonte: Chainalysis

Quase dois terços dessa atividade envolviam apenas a negociação de USDT. Por outro lado, o Bitcoin representava apenas 11% das negociações domésticas. Reguladores argumentam que as stablecoins têm sido amplamente usadas para pagamentos, e não para investimentos.

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A nova estrutura regulatória do banco central, que entra em vigor em fevereiro, reclassificará stablecoins e certas operações de ativos virtuais como transações de câmbio. A mudança se aplica a pagamentos internacionais com criptomoedas, transferências vinculadas ao uso de cartão e à movimentação de ativos para ou de carteiras de autocustódia.

Ao incluir essas atividades no escopo das regras cambiais, o Brasil quer garantir que as stablecoins não contornem os mercados tradicionais de câmbio. Autoridades da Polícia Federal alertaram que importações baseadas em criptomoedas estão fazendo o governo perder mais de 30 bilhões de dólares anualmente.

Novas regras tratam as transferências de criptomoedas como operações de câmbio

Essa proposta tributária está alinhada com uma reforma regulatória mais ampla. Como relatou a Chainalysis, o Banco Central do Brasil emitiu as Resoluções 519, 520 e 521, que trazem uma estrutura totalmente nova para os provedores de serviços de criptomoedas.

De acordo com essas regras, custodiantes, exchanges, intermediários e até empresas estrangeiras devem obter autorização como SPSAVs e cumprir padrões que abrangem prevenção de lavagem de dinheiro, divulgações, auditorias, proteção de dados e requisitos mínimos de capital de até R$37,2 milhões (US$ 7,02 milhões).

Transferências de criptomoedas transfronteiriças enfrentam maior escrutínio sob a Resolução 521, que submete as operações de stablecoin e ativos virtuais a regulamentações de câmbio. Isso significa que a identificação do cliente, limites de transação e obrigações de monitoramento agora se aplicam a pagamentos internacionais, transferências envolvendo cartões e movimentos para ou para fora de carteiras de autocustódia.

O banco central afirmou que quase 90% do volume de transferências de criptomoedas do país envolve stablecoins. Para atender a essas expectativas, as empresas precisarão de ferramentas avançadas de análise on-chain e avaliação de riscos.

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