BRICS e dólar americano: posição da Índia sobre expansão sinaliza mudança nos esforços de desdolarização

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BRICS in Flux: India Wants Stability, Others Push Power
  • A Índia se opõe à expansão dos Brics impulsionada pela China e pela Rússia.
  • Rússia e Irã fortalecem laços, afastando-se do dólar.
  • O interesse da ASEAN nos BRICS poderia adicionar US$ 3,6 trilhões ao PIB coletivo.

A Índia expressou reservas sobre a rápida expansão do bloco econômico BRICS, enquanto China e Rússia pressionam para incluir mais países e solidificar sua influência geopolítica. Essa divisão interna dentro do BRICS destaca os desafios potenciais de equilibrar interesses e ambições diversos entre seus membros.

A aliança BRICS, originalmente composta por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expandiu-se significativamente no ano passado. Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia aderiram ao bloco, enquanto a Argentina recusou o convite e a Arábia Saudita ainda não se pronunciou. O descontentamento da Índia com as novas induções sinaliza desafios potenciais para expansões futuras.

A Índia está particularmente descontente com a direção que os Brics estão tomando, com planos de rejeitar novos convites para a cúpula de 2024. De acordo com fontes, a Índia acredita que a China e a Rússia estão alavancando os Brics para avançar em suas próprias agendas, potencialmente usando o bloco como uma ferramenta para combater as influências ocidentais, visando especificamente os EUA e a Europa. A posição da Índia é manter o ethos original dos Brics como uma parceria igualitária e sugere um intervalo de cinco anos antes de considerar novas expansões para permitir que o bloco se estabilize.

Tanto a China quanto a Rússia estão interessadas em expandir os Brics para fortalecer sua influência geopolítica. Eles têm defendido a inclusão de mais países, o que poderia remodelar as alianças econômicas globais. O Paquistão, outro candidato à adesão ao Brics, aumentou ainda mais a tensão com a Índia devido às hostilidades de longa data entre as duas nações.

A inclusão de nações do Sudeste Asiático poderia adicionar US$ 3,6 trilhões ao PIB coletivo dos Brics. Os países da ASEAN, com um PIB combinado de aproximadamente US$ 3,67 trilhões, são vistos como alvos significativos de expansão. Malásia e Tailândia já manifestaram interesse em aderir, percebendo os Brics como um contrapeso às instituições econômicas lideradas pelo Ocidente.

Os membros do Brics também estão fortalecendo suas relações bilaterais. A Rússia e o Irão estão a negociar um novo tratado de parceria para reforçar a sua cooperação. Esse movimento ocorre depois que o Irã se juntou aos Brics em agosto passado, com base em um acordo estratégico de longa data de 20 anos com a Rússia.

Os dois países também concordaram em negociar em moedas locais, afastando-se do dólar americano, solidificando ainda mais seus laços econômicos. A aliança BRICS está trabalhando ativamente para diminuir o domínio do dólar americano nas transações internacionais, promovendo o uso de moedas locais entre seus membros.

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