- O CEO da Binance, Richard Teng, reflete sobre a jornada das criptomoedas de ser rotulado como uma farsa.
- Grandes bancos como JPMorgan, Morgan Stanley e PNC agora estão oferecendo ou planejando serviços lastreados em criptomoedas.
- Os tesouros corporativos estão acumulando Bitcoin em níveis recordes.
O CEO da Binance, Richard Teng, chamou a atenção para a impressionante transformação na forma como as criptomoedas são percebidas. Em um post recente no X, Teng contrastou o ceticismo de 2017 com a onda atual de adoção institucional.
“Os céticos em 2017 disseram que a criptomoeda era uma farsa”, Teng escreveu, enquanto “as instituições em 2025 [estão dizendo]: ‘Crypto é a próxima grande novidade’. Engraçado como as coisas mudam”, observou ele.
Seus comentários destacam como o cenário financeiro evoluiu dramaticamente em apenas alguns anos. O que antes era visto como uma tecnologia marginal agora está sendo adotado por algumas das maiores instituições financeiras do mundo.
JPMorgan considera empréstimos garantidos por criptomoedas
Entre os sinais mais claros dessa mudança está o plano do JPMorgan Chase de oferecer empréstimos garantidos por participações em criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum. De acordo com o Financial Times, o banco pode lançar o serviço já em 2026.
A mudança marcaria uma reversão completa da postura dura do CEO Jamie Dimon em 2017, quando ele chamou o Bitcoin de fraude. Hoje, Dimon diz que não se envolve pessoalmente com criptomoedas, mas defende o direito dos outros de possuí-las, comparando-as a fumar.
O JPMorgan já começou a emprestar contra ETFs de criptomoedas, mas aceitar criptomoedas diretas como garantia seria um passo mais profundo no espaço de ativos digitais.
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Grandes bancos entram no mercado cripto
O setor bancário mais amplo está se aquecendo rapidamente para as criptomoedas. O PNC Bank fez parceria com a Coinbase para oferecer serviços de criptomoedas a seus clientes institucionais. A parceria permite que os usuários da PNC comprem, mantenham e vendam ativos digitais usando a infraestrutura da Coinbase, sem a necessidade de gerenciar diretamente as complexidades da custódia de criptomoedas.
Em troca, a PNC também fornecerá serviços bancários à Coinbase, criando uma conexão mutuamente benéfica entre as finanças tradicionais e as plataformas de ativos digitais.
Enquanto isso, o Morgan Stanley planeja oferecer negociação de criptomoedas à vista por meio de sua plataforma E*Trade até 2026, visando investidores de varejo. O Goldman Sachs permanece cauteloso, mas está explorando um envolvimento mais amplo com criptomoedas.
A clareza regulatória está ajudando a acelerar esse impulso. Na semana passada, a Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um projeto de lei focado na supervisão de stablecoins. Isso abriu caminho para a assinatura presidencial na semana passada, marcando uma vitória histórica para a indústria de criptomoedas. A mudança deu aos bancos mais confiança para expandir suas ofertas de criptomoedas.
Acumulação corporativa de Bitcoin atinge níveis recordes
Enquanto os bancos estão entrando no espaço, os tesouros corporativos estão dobrando. Julho viu várias aquisições de Bitcoin de alto perfil:
- A BTC AB adquiriu 10 BTC (US$ 1,2 milhão), elevando suas participações totais para 166 BTC.
- A Smarter Web Company adicionou 225 BTC como parte de um plano de acumulação de BTC de 10 anos, agora detendo 1.825 BTC.
- A Semler Scientific ultrapassou a marca de 5.000 BTC.
- O H100 Group aumentou suas participações para 628 BTC, no valor de mais de US$ 73 milhões.
- A Volcon Holdings agora possui 3.183 BTC (~US$ 375 milhões) e está usando derivativos para adquirir ainda mais.
- A Matador Technologies garantiu uma linha de crédito de US$ 100 milhões para comprar Bitcoin e pretende possuir 1% da oferta total até 2027.
Corrida do ouro do Bitcoin: acúmulo de Bitcoin por grandes instituições impulsiona sua adoção
Essencialmente, a posição das criptomoedas no setor financeiro global mudou fundamentalmente. Instituições que antes o chamavam de farsa agora estão construindo produtos e serviços financeiros em torno dele. O futuro que os crentes em criptomoedas imaginaram em 2017 está começando a se desenrolar e, desta vez, Wall Street está envolvida.
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