China se move para uma censura total na Internet com um prazo de 15 de julho

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A report on China's new state-issued national internet ID, which experts warn is a tool for state control and "digital totalitarianism."
  • A China está implementando um novo sistema nacional de identificação de internet emitido pelo Estado, a partir de 15 de julho.
  • O governo afirma que é por segurança, mas especialistas alertam que é uma ferramenta para o controle do Estado.
  • Um especialista descreveu o sistema como uma “infraestrutura de totalitarismo digital”.

A China deve implementar um novo sistema nacional de identificação pela Internet emitido pelo estado em 15 de julho, uma medida que centralizará a verificação de identidade do usuário sob supervisão direta do governo. O sistema emitirá um ID virtual que permite aos usuários fazer login em diferentes aplicativos e sites de mídia social.

Embora o governo chinês afirme que a iniciativa foi projetada para proteger as informações pessoais dos cidadãos, especialistas internacionais em segurança cibernética e direitos humanos alertam que ela cria uma ferramenta sem precedentes para controle e censura do Estado.

Propósito oficial vs. avisos de especialistas

De acordo com uma atualização divulgada em maio, o novo protocolo de internet da China visa “proteger as informações de identidade dos cidadãos e apoiar o desenvolvimento saudável e ordenado da economia digital”. A mídia estatal chinesa promoveu o ID como um “colete à prova de balas para informações pessoais”. A propósito, ele se alinha com os esforços do regime em apertar seu controle sobre o espaço digital da China por meio da censura, uma agenda reconhecida do regime de Xi Jinping após sua ascensão ao poder em 2012.

No entanto, especialistas argumentam que uma plataforma centralizada e estatal apresenta riscos significativos. “Este é um sistema de identidade unificado liderado pelo Estado, capaz de monitorar e bloquear usuários em tempo real”, disse Xiao Qiang, pesquisador que estuda a liberdade na Internet na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Ele descreveu o sistema não apenas como uma ferramenta de vigilância, mas como uma “infraestrutura de totalitarismo digital”.

Analistas alertam que a identificação centralizada torna significativamente mais fácil para as autoridades apagar toda a presença digital de uma pessoa em várias plataformas ao mesmo tempo.

Perguntas sobre adoção “voluntária” e segurança de dados

As autoridades chinesas afirmaram que o uso do novo ID da Internet é “voluntário”. No entanto, especialistas jurídicos questionam isso, observando que o governo pode oferecer conveniências e benefícios que podem dificultar que os usuários não optem por participar ao longo do tempo.

A próxima censura do governo ganhou força em fevereiro, depois que a Administração do Ciberespaço da China aprovou o novo protocolo de censura, revisado pelas “Medidas para o Gerenciamento de Serviços Públicos de Autenticação de Identidade de Rede Nacional” do país.

Também foram levantadas preocupações sobre a segurança de concentrar dados pessoais confidenciais em uma única plataforma nacional. Os críticos apontam que um sistema centralizado cria um único ponto de vulnerabilidade, tornando-o um alvo atraente para hackers, citando um grande vazamento em 2022 de um banco de dados da polícia chinesa contendo informações sobre um bilhão de cidadãos.

Antecedentes e Implementação

Outras agências nacionais na China adotaram a nova lei de censura, incluindo o Ministério de Assuntos Civis, o Ministério da Cultura e Turismo, a Comissão Nacional de Saúde e a Administração Nacional de Rádio e Televisão. Ele entrará em vigor em meados de julho, e os internautas se perguntam como o novo regime de internet da China afetará o ciberespaço global.

Um desses internautas curiosos descreveu o cenário em desenvolvimento como um revés e um retorno à era pré-Internet de 1984. Alguns usuários da Internet acreditam que a nova regra é um chamariz para uma agenda subjacente que o regime de Jinping ainda não revelou. Eles consideram isso uma extensão da agenda do governo para aumentar sua fortaleza na China e na região circundante.

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