Investigação do Congresso liga Milei ao escândalo do token LIBRA

Novo relatório liga o presidente Milei à fraude de criptomoedas da LIBRA: Aqui está o que os investigadores descobriram

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Argentina’s Crypto President in Trouble Milei Charged Over LIBRA Token Fail
  • Um relatório do Congresso acusou o presidente argentino Milei de encenar um golpe de criptomoedas.
  • O token LIBRA disparou após o endosso de Milei antes de despencar em um puxão de tapetes clássico.
  • Evidências mostram 16 encontros entre criadores de Milei e LIBRA na residência presidencial.

Uma comissão investigativa do Congresso divulgou um relatório de 200 páginas sobre o suposto envolvimento do presidente argentino Javier Milei no agora infame escândalo das criptomoedas LIBRA.

O documento foi publicado após três meses de investigação na Câmara dos Deputados e acusa Milei e sua irmã, a secretária da Presidência Karina Milei, de desempenharem papéis diretos na promoção de um esquema que causou milhões de dólares em prejuízos para os cidadãos.

Embora o relatório não seja uma decisão criminal, os legisladores afirmam que as evidências mostram um golpe em grande escala por meio do uso indevido da influência presidencial. Alegações semelhantes foram feitas nos EUA por democratas contra o presidente Donald Trump.

Presidente usou seu cargo para promover um suposto golpe?

Segundo o relatório, o presidente Milei usou sua posição para promover o token LIBRA. Em um post do X, Milei escreveu: “O mundo quer investir na Argentina. $LIBRA”, compartilhando o número do contrato do projeto, que só estava disponível publicamente até que ele o fizesse.

Após o post de Milei em fevereiro, o preço da LIBRA subiu para $5 por ficha. No entanto, em poucas horas, os incorporadores retiraram entre 80 e 100 milhões de dólares, protegendo investidores. O relatório afirma que, sem a participação de Milei, o token jamais teria alcançado tal volume.

16 Reuniões no Coração do Escândalo

Os investigadores encontraram evidências de que o presidente Milei se reuniu com o criador de LIBRA, Hayden Davis, e os empresários argentinos Mauricio Novelli e Manuel Terrones Godoy, 16 vezes dentro da Casa Rosada e da residência presidencial.

O relatório também conectou pontos com a promoção de outro token, o KIP, pela Milei, em dezembro de 2024, um projeto igualmente ligado à Novelli e à Terrones Godoy. “Os eventos investigados são compatíveis com um suposto golpe”, disseram o deputado da Coalición Cívica e Maximiliano Ferraro, presidente da comissão.

Um Muro Judicial

Enquanto o Congresso avançava com sua investigação, os legisladores acusaram o juiz federal Marcelo Martínez de Giorgi de obstruir seu trabalho ao recusar o acesso aos arquivos dos casos. Apesar disso, o escândalo LIBRA atraiu atenção estrangeira.

Mais de 100 denúncias criminais foram apresentadas por investidores e organizações cívicas na Argentina, enquanto um escritório de advocacia de Nova York está atualmente conduzindo uma ação coletiva contra Milei. Tanto Javier quanto Karina Milei recusaram-se a participar da investigação legislativa.

O Futuro Cripto da Argentina

O setor bancário argentino está prestes a reentrar no mercado cripto. Na LABITCONF 2025, Gabriel Campa, Chefe de Ativos Digitais do Towerbank, disse que vários grandes bancos já construíram serviços internos de criptomoedas, aguardando apenas a aprovação regulatória da administração de Milei.

Campa observou que os bancos provavelmente seguirão um modelo híbrido, com alguns desenvolvendo sistemas internos e outros fazendo parcerias com empresas de criptomoedas.

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