- A juíza distrital Amy Jackson rejeitou a alegação da SEC de que as vendas secundárias de tokens BNB se qualificam como valores mobiliários.
- A decisão argumentou que a natureza dos tokens pode mudar ao longo do tempo.
- O juiz Jackson criticou a falta de uma abordagem regulatória abrangente da SEC.
Um juiz federal rejeitou a alegação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA de que as vendas no mercado secundário do token BNB da Binance constituem títulos, proporcionando uma vitória significativa para a bolsa de criptomoedas e fornecendo clareza sobre o status regulatório dos ativos digitais.
A juíza Amy Berman Jackson, do Tribunal dos EUA para o Distrito de Columbia, rejeitou os argumentos da SEC de que as transações no mercado secundário do token BNB da Binance atendiam aos critérios para valores mobiliários, conforme definido pelo Teste Howey.
A decisão se alinha ao entendimento da juíza Analisa Torres no processo da Ripple, que enfatizou a importância da realidade econômica das transações de tokens ao aplicar o Teste Howey. Em sua decisão, a juíza Jackson destacou a postura invasora da SEC sobre as regulamentações de criptomoedas e criticou a agência por não adotar uma abordagem abrangente específica para o setor.
O juiz Jackson decidiu que a natureza dos tokens pode mudar com o tempo. Ela rejeitou a noção de que um token, uma vez classificado como um título, deve permanecer sempre assim. O juiz Jackson argumentou que a estrutura Howey não apoia a ideia de que um ativo envolvido em um contrato de investimento permanece um “título” quando negociado por indivíduos em bolsas e usado de várias maneiras.
O juiz acredita que esse desvio deixa o tribunal, a indústria e futuros compradores e vendedores sem um princípio claro para diferenciar entre tokens de segurança e tokens não confiáveis. A correspondente da FOX Eleanor Terrett postou no X (antigo Twitter) sobre a posição do juiz Jackson sobre a abordagem da SEC para a regulamentação de criptomoedas.
A SEC argumentou que a tecnologia inerente e a interdependência da plataforma e o desempenho do token deveriam classificar automaticamente as vendas secundárias do BNB como contratos de investimento. No entanto, o juiz Jackson discordou dessa posição.
O juiz Jackson, ao rejeitar o argumento da SEC, esclareceu que a determinação de se uma determinada transação constitui um contrato de investimento requer uma análise mais sutil do que simplesmente afirmar que todos os criptoativos se enquadram nessa categoria. Ela enfatizou que as vendas secundárias do BNB não atendiam aos critérios para tal classificação.
Com base nessa análise matizada, o juiz Jackson observou ainda uma inconsistência na postura da SEC. Embora a agência alegasse ter como alvo os contratos de investimento, e não as moedas em si, seu argumento sobre as vendas secundárias do BNB sugeria o contrário.
As implicações da decisão da juíza Jackson, particularmente sua ênfase em uma abordagem matizada e sua identificação de inconsistências na postura da SEC, não estão perdidas nos comentaristas de criptomoedas. Muitos veem essa decisão como uma vitória histórica que pode influenciar significativamente como os ativos digitais são classificados e regulamentados no futuro, especialmente no que diz respeito às transações no mercado secundário.
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