- Wall Street avança na tokenização de ativos, mas permanece cautelosa com as finanças descentralizadas (DeFi).
- O mercado de tokenização pode chegar a US$ 30 trilhões até 2034, com um papel significativo para o crédito privado.
- As principais instituições financeiras e reguladores exploram a tokenização de ativos, equilibrando inovação e regulamentação.
Wall Street está mergulhando mais fundo na tokenização, transformando ativos do mundo real em tokens digitais no blockchain. Mas há um problema: se eles se aventurarem no “Velho Oeste” das finanças descentralizadas, com sua promessa de serviços financeiros automatizados e potencial para altos retornos, é uma área cinzenta regulatória.
É descentralizado, opaco e carece da supervisão familiar das finanças tradicionais. No entanto, apesar dos riscos, o fascínio da tokenização está atraindo os principais players financeiros para esse território desconhecido.
A questão central é se Wall Street deve se integrar ao DeFi, que alguns veem como um território arriscado. Como alternativa, as instituições podem desenvolver blockchains privados ou usar cautelosamente produtos tokenizados em plataformas públicas. Steven Hu, chefe de ativos digitais do Standard Chartered, enfatizou a necessidade de supervisão centralizada na tokenização. Ele argumenta que esse controle garante a autenticidade e o uso adequado dos ativos, o que é crucial para a adoção em larga escala.
O mercado de tokenização está crescendo, com um potencial estimado de US$ 30 trilhões até 2034, com o financiamento comercial contribuindo com 16%. Atualmente, o valor de mercado dos ativos tokenizados do mundo real é de cerca de US$ 13,2 bilhões, dominado por crédito privado e títulos do Tesouro dos EUA. A BlackRock e a Franklin Templeton estão liderando o segmento de títulos do Tesouro tokenizados, usando blockchain para registrar a propriedade de títulos do governo.
No entanto, existem opiniões divergentes sobre o futuro da tokenização. Jogadores cripto-nativos como Nana Murugesan, da Matter Labs, acreditam que as blockchains públicas impulsionarão ecossistemas maiores. A Franklin Templeton, por exemplo, espera que seus tokens BENJI sejam negociados em todo o ecossistema mais amplo de ativos digitais. Essa mudança requer clareza regulatória, especialmente no que diz respeito às stablecoins e à conformidade com os regulamentos de combate à lavagem de dinheiro.
Reguladores e instituições financeiras estão explorando os benefícios da tokenização. A Autoridade Monetária de Cingapura, por meio do Project Guardian, está testando a tokenização de ativos com os principais bancos e empresas. Embora cauteloso com os criptoativos não lastreados, o regulador vê potencial na tokenização de ativos financeiros, visando uma adoção mais ampla e ganhos de eficiência.
O Goldman Sachs e outras grandes instituições estão desenvolvendo plataformas de ativos digitais, muitas vezes usando blockchains privados. Roger Bayston, da Franklin Templeton, sugere que uma maior compreensão e aceitação regulatória acabarão por trazer o DeFi para as finanças convencionais, aumentando a eficiência do mercado de capitais.
Jeremy Ng, cofundador da OpenEden, sugere que o DeFi é essencial para o crescimento de ativos tokenizados do mundo real. À medida que esses ecossistemas se desenvolvem, a demanda por ativos tokenizados pode aumentar. No entanto, esse crescimento depende da clareza regulatória e do estabelecimento de estruturas seguras e compatíveis.
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