A Internet percorreu um longo caminho desde seus primeiros dias. O que começou como uma coleção de páginas da web simples e estáticas evoluiu para as plataformas ricas, interativas e sociais que usamos diariamente. Agora, estamos à beira de outra grande mudança, da Web2 para a Web3, e trata-se de colocar o poder de volta nas mãos dos usuários.
Na Web2, temos mídia social, compartilhamento de vídeo e comunicação instantânea, no entanto, também deu às grandes empresas o poder de acessar e vender nossas informações privadas. A Web3, por outro lado, promete uma internet mais descentralizada, onde os usuários podem possuir seus dados, controlar suas identidades digitais e participar ativamente da construção de valor por meio de blockchain e tokens. Entender essa diferença é fundamental para ver por que o futuro da internet parece tão diferente.
Índice
Uma rápida história da Web
Web1: A Web “somente leitura” (1990 ao início dos anos 2000)
Web1 é uma biblioteca digital, em que os sites eram simples e estáticos, como páginas HTML básicas que mostram apenas informações e não são de muita utilidade. As pessoas eram principalmente consumidores, não criadores. Não havia redes sociais, comentários e muito pouca interação. Essa era era descentralizada no sentido de que muitos servidores hospedavam sites de forma independente, mas a criação de conteúdo era limitada a alguns poucos, geralmente empresas ou desenvolvedores qualificados.
Web2: A Web Social e Interativa (2004 até o presente)
Com a evolução da Web2, qualquer pessoa pode criar conteúdo, conectar-se com outras pessoas e participar de conversas em tempo real. Plataformas de mídia social como Facebook, X e YouTube explodiram, capacitando os usuários a compartilhar fotos, vídeos e opiniões instantaneamente. Os smartphones tornaram a web pessoal e sempre acessível. Mas enquanto os usuários obtinham ferramentas para criar e se conectar, as grandes corporações assumiram o controle nos bastidores. Eles possuíam os servidores, controlavam os dados e ganhavam dinheiro coletando e vendendo informações do usuário por meio de publicidade direcionada. Essa centralização gerou preocupações sobre privacidade, censura e monopólios, preparando o terreno para a próxima onda: Web3.
Então, o que é Web3?
Web3 ou Web 3.0 é construída com base na tecnologia blockchain e redes descentralizadas que não dependem de uma única empresa ou servidor. Em vez disso, eles dão aos usuários controle sobre seus dados e identidades digitais, usando carteiras criptográficas em vez de nomes de usuário e senhas. Em comparação com a Web2, onde o controle está nas mãos de outras pessoas, a Web3 oferece autoridade. Com a Web3, ativos digitais como criptomoedas, NFTs (tokens não fungíveis) e tokens que representam propriedade ou direitos de voto vivem em sua carteira. Além disso, permite que você colabore e governe por meio de organizações autônomas descentralizadas (DAOs), finanças descentralizadas (DeFi), onde você pode emprestar, negociar e ganhar juros sem bancos.
Por que a Web3 é melhor que a Web2?
Centralização x Descentralização
A Web2 depende de plataformas centralizadas que controlam seus dados e infraestrutura. Por exemplo, o Facebook tem acesso a todas as suas informações privadas, incluindo número de telefone, localização e até fotos ou vídeos, enquanto a Web3 é descentralizada. Isso implica que a rede não possui uma única autoridade proprietária da rede. Aqui, dados e aplicativos são executados em blockchains e protocolos peer-to-peer.
Propriedade de dados
Na Web2, as plataformas controlam seus dados e podem vendê-los ou restringi-los à vontade, mas na Web3, permite que você possua seus dados diretamente por meio de sua carteira. Isso ajuda você a acompanhar quem o acessa e como ele está sendo usado.
Gerenciamento de identidade
A Web2 usa nomes de usuário e senhas gerenciados por plataformas. Na Web3, ele usa chaves criptográficas vinculadas à sua carteira, e essa ‘identidade autossoberana’ significa que você pode autenticar sem precisar de um intermediário.
Incentivos e Recompensas
As plataformas Web2 ganham principalmente com anúncios. Eles são executados na plataforma em um painel lateral ou como um pop-up. Os anúncios são a principal fonte de receita da Web2, enquanto na Web3, os usuários podem ganhar tokens por participar – criando conteúdo, fornecendo liquidez ou governando redes, alinhando incentivos em todo o ecossistema.
Transparência e código aberto
Embora os algoritmos e políticas da Web2 não forneçam informações adequadas e às vezes sejam obscuros, os projetos da Web3 tendem a ser de código aberto, com blockchains públicos onde qualquer pessoa pode auditar transações e códigos.
Desafios que a Web3 ainda enfrenta
Embora a Web3 seja intrigante, os usuários enfrentam vários desafios nessa esfera. Aqui estão alguns dos obstáculos comuns enfrentados:
Experiência do usuário
Com a introdução de novos conceitos, como carteiras digitais, chaves privadas e taxas de gás, é bastante difícil para os usuários compreenderem os termos. No entanto, os aplicativos descentralizados tornaram-se mais fáceis de usar agora com interfaces de usuário e processos de integração, de modo que os usuários não precisam possuir conhecimento técnico profundo para se conectar a eles.
Preocupações de segurança
Os contratos inteligentes são poderosos, mas vulneráveis a bugs e hacks. Golpes, phishing e puxões de tapete desempenharam um papel significativo em prejudicar o desenvolvimento da Web3. Como a plataforma não possui uma autoridade central, os usuários são responsáveis por sua segurança.
Incerteza regulatória
A constante crise das condições regulatórias é um obstáculo para os usuários. Com cada jurisdição tendo seus próprios regulamentos, isso cria incerteza para projetos e usuários.
Impacto ambiental
Blockchains de prova de trabalho, como o Bitcoin, usam muita energia, levantando preocupações com a sustentabilidade. Métodos de consenso mais recentes, como o Proof-of-Stake, são mais ecológicos, mas a percepção do público continua sendo um desafio.
Por que a Web3 é importante
Apesar desses desafios, a Web3 é mais do que apenas tecnologia. Em comparação com a Web2, a Web3 dá poder aos usuários, permitindo que eles possuam suas identidades e ativos digitais. Além disso, as finanças descentralizadas oferecem acesso a serviços financeiros sem bancos, e os NFTs criam novas maneiras de possuir e monetizar arte digital e colecionáveis. Além disso, as DAOs permitem que as comunidades se autogovernem de forma transparente. Em poucas palavras, a Web3 se torna um espaço compartilhado, onde os usuários têm controle real, do que as grandes corporações sedentas de energia.
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